terça-feira, 8 de novembro de 2011

Desde 2003, a cultura africana faz parte do currículo. Descubra com seus alunos a riqueza e a história dos povos desse continente.



Os diversos povos que habitavam o continente africano, muito antes da colonização feita pelos europeus, eram bambambãs em várias áreas: eles dominavam técnicas de agricultura, mineração, ourivesaria e metalurgia; usavam sistemas matemáticos elaboradíssimos para não bagunçar a contabilidade do comércio de mercadorias; e tinham conhecimentos de astronomia e de medicina que serviram de base para a ciência moderna. A biblioteca de Tumbuctu, em Mali, reunia mais de 20 mil livros, que ainda hoje deixariam encabulados muitos pesquisadores de beca que se dedicam aos estudos da cultura negra.
Infelizmente, a imagem que se tem da África e de seus descendentes não é relacionada com produção intelectual nem com tecnologia. Ela descamba para moleques famintos e famílias miseráveis, povos doentes e em guerra ou paisagens de safáris e mulheres de cangas coloridas. "Essas idéias distorcidas desqualificam a cultura negra e acentuam o preconceito, do qual 45% de nossa população é vítima", afirma Glória Moura, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB).

Negros são parte da nossa identidade
O pouco caso com a cultura africana se reflete na sala de aula. O segundo maior continente do planeta aparece em livros didáticos somente quando o tema é escravidão, deixando capenga a noção de diversidade de nosso povo e minimizando a importância dos afro-descendentes. Por isso, em 2003, entrou em vigor a Lei no 10.639, que tenta corrigir essa dívida, incluindo o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas. "Uma norma não muda a realidade de imediato, mas pode ser um impulso para introduzir em sala de aula um conteúdo rico em conhecimento e em valores", diz Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, membro do Conselho Nacional da Educação e redatora do parecer que acrescentou o tema à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A cultura africana oferece elementos relacionados a todas as áreas do conhecimento. Para Iolanda de Oliveira, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, se a escola não inclui esses conteúdos no planejamento, cada professor pode colocar um pouco de África em seu plano de ensino: "Não podemos esperar mais para virar essa página na nossa história", enfatiza. Antes de saber como usar elementos da cultura africana em cada disciplina, vamos analisar alguns aspectos da história do continente e os motivos que levaram essas culturas a serem excluídas da sala de aula.
O ensino de História sempre privilegiou as civilizações que viveram em torno do Mar Mediterrâneo. O Egito estava entre elas, mas raramente é relacionado à África, tanto
que, junto com outros países do norte do continente, pertence à chamada África Branca, termo que despreza os povos negros que ali viveram antes das invasões dos persas,gregos e romanos.

A pequisadora Cileine de Lourenço, professora da Bryant University, de Rhoad Island, nos Estados Unidos, atribui ao pensamento dos colonizadores boa parte da origem do preconceito: "Eles precisavam justificar o tráfico das pessoas e a escravidão nas colônias e para isso ‘animalizaram’ os negros". Ela conta que, no século 16, alguns zoológicos europeus exibiam negros e indígenas em jaulas, colocando na mesma baia indivíduos de grupos inimigos, para que brigassem diante do público. Além disso, a Igreja na época considerava civilizado somente quem era cristão.
Uma das balelas sobre a escravidão é a idéia de que o processo teria sido fácil pela condição de escravos em que muitos africanos viviam em seus reinos. Essa é uma
invenção que não passa de bode expiatório: a servidão lá acontecia após conquistas internas ou por dívidas - como em outras civilizações. Mas as pessoas não eram
afastadas de sua terra ou da família nem perdiam a identidade.
Muitas vezes os escravos passavam a fazer parte da família do senhor ou retomavam a liberdade quando a obrigação era quitada com trabalho. Outra mentira é que seriam povos acomodados: os negros escravizados que para cá vieram revoltaram-se contra a chibata, não aceitavam as regras do trabalho nas plantações, fugiam e organizavam quilombos.

A exploração atrapalhou o desenvolvimento
A dominação dos negros pelos europeus se deu basicamente porque a pólvora não era conhecida por aquelas bandas - e porque os africanos recebiam bem os estrangeiros,
tanto que eles nem precisavam armar tocaias: as famílias africanas costumavam ter em casa um quarto para receber os viajantes e com isso muitas vezes davam abrigo ao
inimigo. Durante mais de 300 anos foram acaçambados cerca de 100 milhões de mulheres e homens jovens, retirando do continente boa parte da força de trabalho e rompendo com séculos de cultura e de civilização.

Revista Nova Escola/outubro de 2011.

VEM AÍ A GINCANA AFRO-BRASILEIRA DA ESCOLA NOSSA SENHORA DE LOURDES!

ESCOLA NOSSA SENHORA DE LOURDES - SOLIDÃO/PE
GINCANA DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

OBJETIVO:
• Comemorar o dia da Consciência Negra na escola;
• Realizar projetos interdisciplinares para complementar a carga-horária do noturno;
• Reunir a comunidade escolar para refletir sobre a discriminação e o preconceito em nosso meio.
PROVAS:
1. Abertura: A prova terá 5 min de duração e deverá ter no mínimo 15 pessoas.
Esta prova tem a finalidade de apresentar as equipes e realizar grito de guerra de acordo com a temática a bordada:
PONTUAÇÃO: 100 pontos por tarefa cumprida.
HOMENAGEM AOS NEGROS QUE ENTRARAM PARA A HISTÓRIA
2. Declamação: Deverá ser escolhido um(a) aluno(a) para , em 2 minutos , declamar um poema, escrito por um aluno(a), em homenagem a dos personagens estudados .As cópias de cada poema deverão ser entregues para a comissão julgadora.
PONTUAÇÃO: Notas de 50 a 100.
HOMENAGEM AOS RÍTMOS MUSICAIS AFRO
3. Número musical: Apresentações musicais do repertório afro-brasileiro.
Obs: escolhido o ritmo comunicar para que não se repitam na mesma categoria.
Tempo de duração: 10 min.
PONTUAÇÃO: Notas 100.
Somente os melhores em cada categoria ganharão os pontos
HOMENAGEM AOS CULTOS AFRO
4. Fazer homenagem a um dos orixás apresentando um aluno (a) devidamente caracterizado ( informando cores, comidas, saudações, dias comemorativos, breve histórico etc) (Iemanjá, Oxum, Ogum, Oxóssi)
PONTUAÇÃO : Notas de 50 a 100
HOMENAGEM AOS ANIMAIS AFRICANOS
5. Caracterização / mímica : 4 pessoas de cada equipe deverão compor uma cena (devidamente caracterizados de animais: leão, elefante, búfalo, hipopótamo, leopardo, etc ), compondo uma lenda, que lembre a vida de animais africanos
e a importância de sua preservação.
Tempo de duração : 3 minutos por equipe.
PONTUAÇÃO : Notas de 50 a 100
6. SOLENTRANDO
Os alunos escolhidos pelos professores deverão estudar e soletrar as palavras que fazem parte do nosso vocabulário e são de origem africana.
Em uma rodada cada aluno soletra a palavra solicitada. Quem errar sai até que fique apenas um em cada categoria.
PONTUAÇÃO : Nota 100
7.CULINÁRIA
Cada equipe deverá trazer um prato típico da culinária afro-brasileira para a sala da culinária.
Devendo notificar com antecedência para que na se repitam os pratos( a quantidade deverá ser suficiente para alimentar toda uma turma de em média 35 alunos)
PONTUAÇÃO: Nota 150
8-APRESENTAÇÃO DE UM SLOGAN:
Cada turma escolherá a apresentará um slogan com o tema: DIGA NÃO AO PRECONCEITO!
Os slogans devem ser apresentados em faixas de papel com letras grandes para que todos possam ler.
Somente os melhores em cada categoria ganharão os pontos>
PONTUAÇÃO: Nota 100